20/08/2020 às 20h07min - Atualizada em 20/08/2020 às 20h07min

Dia da morte de Raul Seixas: 31 anos de seu falecimento

Letras
Foto: Divulgação.
     O dia 21 de agosto é lembrado como um marco triste pelos fãs de Raul Seixas: a data de falecimento de um dos pioneiros e maiores ídolos do rock brasileiro. 
     O músico baiano, que era diabético e lutava há anos contra uma depressão que o levou ao alcoolismo e ao abuso de drogas, faleceu no dia 21 de agosto de 1989, em seu apartamento em São Paulo, enquanto dormia.
    A biografia de Raul Seixas é pra lá de interessante, permeada por muita genialidade, inovação e inconformismo com um sistema no qual não se encaixava, e sua figura ainda fascina o público, mesmo 31 anos após a sua morte.
 
O falecimento de Raul Seixas
 
     Para entender os eventos que levaram ao trágico dia da morte de Raul Seixas, é necessário voltar um pouco no tempo: em 1978, o cantor perdeu ⅓ do pâncreas, devido ao consumo excessivo de álcool. 
     Foi o início de uma luta contra problemas de saúde que Raul enfrentou durante o resto de sua vida. Em meio ao rompimento de sua parceria com Paulo Coelho, baixas vendas e críticas ao álbum Mata Virgem e finais de relacionamentos amorosos, o músico entrou em depressão e internou-se em clínicas de reabilitação para tratar do alcoolismo.



     Mesmo tendo conseguido recuperar o sucesso na carreira, Raul continuou enfrentando dificuldades com a bebida, chegando a aparecer debilitado para as apresentações.
     Seus problemas com álcool e drogas, além das constantes internações para desintoxicação, temporariamente fecharam algumas portas da indústria musical pra ele.
     Ainda assim, a potência de Raul Seixa era tão grande que ele conseguiu alcançar grandes vendas e manteve uma agenda de shows lotada.
    No entanto, em 1989 o cantor mostrou-se bastante debilitado, não conseguindo sustentar uma apresentação inteira.
 
21 de agosto de 1989: Raul morreu em São Paulo
 
     Em 21 de agosto de 1989, Dalva Borges, secretária particular, entrou no quarto do músico para abrir a janela, como fazia todos os dias. Reparou que o lençol o cobria até a altura do peito, mas não notou nada de estranho.
     Somente após iniciar suas tarefas é que a funcionária estranhou o silêncio: ora, Raul tinha o costume de acordar ao menor ruído!
     Assim, Dalva retornou ao quarto para checá-lo e percebeu que ele permanecia do mesmo jeito. Pressentia que teria morrido.
     Após telefonar para Marcelo Nova e Jerry Adriani, amigos do cantor, e não conseguir falar com eles, Dalva ligou para José Roberto Romeira Abrahão, que pediu para que ela colocasse um espelho diante do nariz de Raul, para verificar se ele ainda respirava.
     Com a resposta negativa, Abrahão localizou Marcelo Nova e convocou o médico Luciano Stancka, que confirmou a morte. Raul Seixas morreu vítima de uma parada cardíaca, aos 44 anos.
     O alcoolismo e a diabetes, agravados pelo fato de não ter tomado a insulina na noite anterior, foram a causa da pancreatite aguda fulminante que acometeu o cantor.
 
Repercussão do falecimento de Raul Seixas

     Assim que foi divulgada a localização do corpo de Raul Seixas, no crematório da Vila Alpina, em São Paulo, inúmeros fãs se dirigiram ao local, tentando até invadi-lo. Durante o velório, os fãs se aglomeraram em torno do caixão do cantor para as despedidas.
     A pedido da família, Raul Seixas foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.



     No dia seguinte à sua morte, foi lançado o disco A Panela do Diabo, cujas vendas foram tão expressivas que renderam um disco de ouro, entregue à família de Raul Seixas e a Marcelo Nova. 
     Os fãs, que prestavam homenagens ao cantor em seu túmulo no dia de sua morte, desistiram das celebrações após Thildo Gama, guitarrista e amigo de Raul, revelar ter recebido uma mensagem do músico para que não comemorassem mais a data





Biografias · Por Renata Arruda

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