06/08/2020 às 20h45min - Atualizada em 06/08/2020 às 20h45min

Bolsonaro assina medida que libera R$ 1,9 bi para fabricar vacina de Oxford

Crédito extra deve viabilizar 100 milhões de doses. MP já passa a valer e será enviada ao Congresso.

G1
Foto: Divulgação.
     O presidente Jair Bolsonaro assinou, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, dia 6, uma medida provisória que libera R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção de 100 milhões de doses da chamada "vacina de Oxford" contra o novo coronavírus.
     A abertura desse crédito extraordinário segue agora para análise do Congresso Nacional, que terá até 120 dias para aprová-lo. Por se tratar de uma medida provisória, o dinheiro fica liberado assim que o texto for publicado no "Diário Oficial da União". O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade de Lima, participaram da cerimônia de assinatura. Como a vacina elaborada pela Universidade de Oxford ainda está em fase de testes, o Brasil assume parte dos riscos tecnológicos relativos ao desenvolvimento do produto.
     A expectativa do governo é que, caso a vacina em estudo seja eficaz, uma campanha de vacinação contra a Covid-19 possa ser realizada em 2021. Para o governo, o risco relacionado à eficácia da vacina é necessário devido à "urgência pela busca de uma solução efetiva para a manutenção da saúde pública e para a retomada" das atividades econômicas.
     A transferência de tecnologia e formulação, o envase e o controle de qualidade será feito por contrato entre Fiocruz e a empresa farmacêutica AstraZeneca - que, em parceria com a Oxford, realiza as pesquisas. Na cerimônia, Bolsonaro afirmou que a vacina pode ser "uma realidade" em dezembro ou janeiro - e que, semanas depois, o "problema estará vencido".
     "Talvez dezembro, janeiro, exista a possibilidade da vacina, e daí esse problema estará vencido, poucas semanas depois. O que é mais importante é que junto com esta vacina, diferente daquela outra que um governador acertou com outro país, venha a tecnologia para nós. Temos como dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, apesar daqueles que teimam em dizer o contrário", declarou.
     De acordo com o Ministério da Saúde, o valor será gasto desta forma:
  • R$ 1,3 bilhão para pagamentos à AstraZeneca, previstos no contrato de Encomenda Tecnológica
  • R$ 522,1 milhões para produzir a vacina na Fiocruz/Bio-Manguinhos
  • R$ 95,6 milhões para absorção da tecnologia pela Fiocruz
     A pesquisa de vacina da Universidade de Oxford é considerada uma das mais promissoras até o momento.
Segundo o Ministério da Saúde, em boletim divulgado nesta quinta-feira (6), 98.493 pessoas morreram de Covid-19 no Brasil. A pasta contabiliza, ao todo, 2.047.660 casos de infecção pelo novo coronavírus registrados no país.

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